terça-feira, 3 de novembro de 2020
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Lova em quadrinhos
Lova surgiu em 2016 como personagem do livro homônimo, que já é conhecido por centenas de leitores infantis e adultos também. Durante estes quatro anos, Lova esteve presente em escolas, entidades assistenciais, feiras de livro e em lares de pessoas que acreditam no poder da leitura.
Graças ao edital de fomento emergencial FAC Digital RS 2020, os artistas Gio e Doug puderam trazer o Lova para as redes sociais, mostrando a visão deste pequeno, em sua jornada para entender o mundo pandêmico em que vivemos.
As publicações contempladas pelo fomento são de oito quadrinhos com conteúdo reflexivo.
Após as publicações do Lova, você encontrará oito receitas veganas fáceis e deliciosas, com o intuito de apresentar soluções para os dilemas questionados nos quadrinhos. Baixe a rolagem e viaje com o Lova pelo planeta e pela culinária vegana.
Instagram @gioedougYouTube: Gio e Doug Artes
Fomento: Fac Digital RS 2020
www.cultura.rs.gov.br, www.feevale.br e www.feevaletechpark.com.br
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Projeto Sementes e Luas
Esta pequena série ilustrada e poética trata de uma singela reverência ao feminino e à natureza cíclica que nos sustenta. Entender, respeitar e conectar-se com o ciclo natural, são formas de manter o equilíbrio da biodiversidade e das relações e emoções, dignificando a vida humana, animal e vegetal.
A série de ilustrações com poesias representa estas quatro fases:
1- Inverno - A criança - Lua nova - Início do ciclo
2 - Primavera - A donzela - Lua crescente - Fase folicular
3 - Verão - A mulher - Lua cheia - Ovulação
4 - Outono - A anciã - Lua minguante - Fase lútea
Motivações artísticas:
A pandemia no Brasil começou no verão de 2020, entre o final de fevereiro e o início de março. Seguimos lidando com ela na primavera, e provavelmente continuaremos por mais tempo.
Assim como as estações, a pandemia tem ciclos marcados pela incerteza, confusão, insegurança, mentiras, violência, depressão, introspecção, reconexão e ressignificação. Durante as ações de isolamento social, os casos de violência contra a mulher no Rio Grande do Sul aumentaram em mais de 60%, e infelizmente este dado se repete em outros estados e países. Desta forma, lidamos com duas pandemias: uma viral e contemporânea, e outra opressora e secular.
Quando a vida surge de uma semente, o ambiente onde ela está dita como será o seu crescimento e o seu desenvolvimento, e quais as oportunidades para que aquela vida se desenvolva no mínimo ou no máximo do seu potencial. A pandemia tem sua semente na crise ambiental, e esta se origina na ganância humana.
Mesmo com os inúmeros estudos alertando que estamos matando o nosso planeta, a maioria menospreza a Ciência. Nosso planeta, uma linda nave orgânica que nos nutre, está morrendo pela devastação causada por agrotóxicos, monocultura, agronegócio, queimadas florestais, lixo plástico, consumo desenfreado, algoritmo das redes e políticas econômicas desastrosas.
Diariamente recebemos as notícias em números. Enumeramos mortos, vítimas de feminicídio, violência, desmatamento, racismo e preconceito; enquanto os números do PIB tentam justificar a violência da miséria humana e da natureza.
Os números são citados no lugar dos nomes, das vidas, das histórias e das famílias que estão em luto, oprimidas por indivíduos que acreditam ter o direito de agredir e matar mulheres, indígenas, trans, gays, negros e tudo o que consideram inferior.
Vandana Shiva, é Ph.D. em Física e ecofeminista indiana. Desde os anos 1980 pesquisa e luta contra a colonização do saber e do poder, que inviabiliza e subjuga a cultura e os conhecimentos ancestrais, além de dificultar ou impossibilitar pequenos e ecológicos sistemas agrícolas. Vandana chama este empobrecimento humano e ambiental de “monocultura da mente”, termo que ela cunhou em seu livro Monoculturas da Mente - Perspectivas da Biodiversidade e Biotecnologia, lançado em 1993.
Conforme Vandana nos ensina, a monocultura, antes de ser semeada no solo, precisou ocupar a mente humana. A crise atual comprova a sua teoria e escancara esse controle ideológico, sociocultural e econômico. Desta forma, é vital que haja produção de conteúdo artístico, que busque gerar questionamentos e resgatar o valor da vida e da natureza.
A arte possibilita valorizar esta energia feminina que gera e sustenta a vida com intuição, firmeza e amorosidade, como Vandana e tantas outras mulheres inspiradoras fizeram ao longo dos anos, abrindo caminhos nesse ardiloso labirinto imposto pela colonização ocidental.
Sugestão de atividade:
Nas mais diversas culturas, o contador de histórias tem a função de guardar as memórias e as sagradas tradições do seu povo para usá-las como forma de ensinamentos para as futuras gerações.
Escreva e/ou ilustre a história de uma mulher inspiradora que você conheça, para que esta memória não desapareça. Poste nas suas redes com a #SementeseLuas e multiplique histórias de sabedoria.
Se quiser enviar seu trabalho para nós, ficaremos muito felizes de acompanhar essa rede de florescimento. Envie sua história ou desenho para o Insta @gioedoug ou e-mail gmazzochi@gmail.com.